Texto Interessante! O USO POLÍTICO DA BICICLETA

  O USO POLÍTICO DA BICICLETA, ou melhor,
BICICLETA OU BARBÁRIE

Liberato Bari e Graziano Predielis

DIZEM QUE: "OS MEIOS, AO FINAL DAS CONTAS, SÃO SÓ MEIOS". QUERIA DIZER: "OS MEIOS, AO FINAL DAS CONTAS, É TUDO".
M.K. Gandhi

Porquê a bicicleta

À primeira vista pode parecer um tanto bizarro que um meio de transporte possa ser ligado a alguma forma específica de ativismo político: estamos muito acostumados a associar a bicicleta com competições esportivas ou aos tranqüilos passeios perto de casa ou àquela imagem da mulher caseira que se move no centro da cidade com as compras no cestinho. Mas a realidade, como sempre, se perde com a análise superficial.

Já nos colocamos o problema do que é "político", quais categorias de pensamento e ação podem ser definidas como "políticas" e quais não. Certamente não se desconhece que "política" seja um termo que etimologicamente refere-se à polis, à cidade. Sendo assim, interessar-nos por um meio de transporte urbano deveria ser natural em um contexto onde, através da análise geral do "pensar globalmente" se une, a rigor, a uma prática vivida no concreto do "agir localmente".

A bicicleta é um meio de transporte com qualidades incríveis: é ecológica e eco-compatível, sem emissões poluentes (gasosas ou sonoras ou luminosas) facilmente reparável com poucos meios e com poucas despesas; não danifica os recursos não renováveis do planeta que nos hospeda; permite-nos cobrir distâncias rapidamente; é capaz de manter o corpo saudável – no mesmo mundo no qual a indústria alimentícia leva à obesidade uma parte da população, enquanto o liberalismo reduz à miséria a parte restante.

 Continua aqui:

http://www.rizoma.net/interna.php?id=165&secao=mutacao

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