"deixa
isso pra lá
Vem pra cá
o qué que tem?
eu não to fazendo
nada
e você tbm…"
Uma grande possibilidade que temos como coletivos e
indivíduos envolvidos em lutas libertarias, autônomas e anticapitalista, é
tomarmos essas características ideológicas e práticas, como base para uma
aproximação e fortalecimento como comunidade.
Nos aproximarmos uns dos outros facilita o apoio mutuo e o
fortalece os envolvidos, mesmo quando as lutas são diversas e especificas; além
de melhorar a troca de informações, compartilhamento de experiências e
materiais, a autocrítica e aumento da visibilidade dos movimentos envolvidos.
Existem
varios exemplos desse comunitarismo pratico: temos mesmo pequenos coletivos de
indivíduos formados para lutas coletivas especificas e de apoio mutuo no
cotidiano; squats (casas ocupadas), onde são desenvolvidas vidas comunitárias
como moradias coletivas ou na gestão como centro cultural; convergências,
federações e agrupamentos de coletivos; feiras, acampamentos, festas e pontos de encontros entre anarquistas
e ativistas; eco-vilas; etc…
Varia de
localidade em localidade… realidade em realidade…
A aproximação
facilita aos envolvidos a caminhar de uma maneira mais coerente com suas visões
mundo melhor, onde as vezes, na pratica, o dinheiro é abolido; podendo
coletivamente viver de maneira mais criticas em relação a nossos impactos
ambientais; eliminação das dominações hierárquicas e praticas de uma gestão da
vida horizontal e coletiva; e baseadas no faça-você-mesm@ e por ai vai.
Nossa
historia está repleta de fatos e experiências, onde esse tipo de aproximação
fez a diferença na força dos movimentos.
E muitas vezes demonstrou que quão mais unidos, mais fortes
são.
Muitas são
as possibilidades.
Em Belo Horizonte, vem
sendo realizados encontros mensais que tem essa aproximação como um dos
objetivos. Permitir o encontro entre indivíduos envolvidos com lutas e
movimentos libertários e autônomos, e mesmo a aproximação de pessoas que não
estejam envolvidos nessas movimentações. É uma iniciativa muito interessante,
uma vez que não tem havido muitas outras formas de convergência entre
coletivos, anarquistas e autonomistas em pratica na capital.
Acreditamos
que esses encontros tem fomentado a comunidade libertaria de BH, pelo simples
fato de facilitar o contato entre seus interessados. Pensamos que quão maior a
participação e apropriação dos encontros Domingo Nove e Meia pelos movimentos,
mais forte será a interação entre eles e a fertilidade dos encontros e de suas
lutas.
Encare isso
como um chamado: Aproxime-se dos movimentos e coletivos libertários de sua
localidade. Caso já participe de algum, estimule a aproximação entre os grupos
que já existem! Fortaleça os pontos de encontros libertários!
O apoio mutuo fortalece!