Manual de Compostagem Caseira

Primeira vez que posto nesse treco, então nao sei se vai ficar certinho mas vao bora.

Ai vai o manual para quem quer mecher sua respectiva bunda gorda, é mole de fazer, vc pode articular com seu vizinho que tem quintal se vc nao tiver 😀

Compostagem Caseira

Certamente muitas das coisas que cobramos que o governo faça
por nós, poderíamos nós mesmos realizar, o problema é que nem
sempre sabemos como. Uma delas é a reciclagem do lixo
orgânico, que não é muito comentada, mas que pode de uma forma
muito simples, no mínimo reduzir alguns problemas ambientais e
de saúde.
A intenção deste manual é de divulgar o método de reciclagem
em pequena escala, em uma época onde a regra comum e dita
racional é enterrar o lixo, seguindo o velho ditado: “o que os
olhos não vêem o coração não sente”. Mas o coração sente,
junto o fígado, rins, cérebro e sistema reprodutivo, a ação de
produtos tóxicos que contaminam a água que bebemos, produtos
estes derivados dos lixões, e que incluem inseticidas, metais
pesados e produtos de limpeza. Portanto enquanto não fizermos
alguma coisa continuaremos bebendo água contamina, e sabemos
que o governo não está nem um pouco interessado na nossa saúde
e um exemplo disso é o descaso no sistema público de saúde (ou
de doença).
Você pode estar pensando: “Que mal causa este tipo de lixo?”.
O lixo orgânico é composto principalmente por água (ex. 98% do
peso de uma folha de alface é água), assim quando ele se
decompõe nos lixões parte desta água escorre, o que é chamado
de chorume. Este chorume desce levando consigo outros
materiais que estão naquele meio (venenos, produtos de
limpeza..) até atingir o lençol freático que depois formará os
rios de onde pegamos a água poluída para beber.
Devido à boa aceitação do método de compostagem caseira na
primeira edição, o que mostra o interesse de muitas pessoas em
preservar o local onde vive, este simples manual foi revisto,
sendo corrigidos pequenos erros, mas mantendo seu caráter
prático.
Abordando métodos de compostagem em pequena escala, ele sugere um
modelo de compostagem reaproveitando resíduos sólidos domésticos
(restos de vegetais e animais, como folhas, cascas, miúdos, etc.)
a fim de produzir adubos orgânicos. O “caixão neozelandês” é
empregado, visando sempre facilitar o processo e incentivar sua
prática, principalmente em área urbana.

 O que é Compostagem Caseira?

¨  É um processo desenvolvido para aproveitar restos
de vegetais e animais, chamado de matéria orgânica,
os quais deixam de ser jogados no lixo, e se tornam
adubos;
¨  Para isso, pode-se usar uma caixa feita de ripas
de madeira, chamado de caixão neozelandês; Caso não
queira fazer o caixão, pode cavar um buraco no
chão, desde que em local alto e que não pegue
chuva, senão encherá de água;
¨  Estes resíduos são decompostos naturalmente por
bactérias aeróbias, ou seja, que necessitam de
oxigênio para deixar a matéria orgânica em pedaços
bem pequenos;
¨  Para se obter um composto, precisa-se apenas de
alguns cuidados simples;

O Que Vai Precisar

Precisa-se de poucos materiais para confeccionar
a caixa. O material pode ser adquirido de sobras de
ripas de construção, desde que próximo do tamanho
descrito. Também pode ser comprado em madeireiras.

§  10 m de ripas com 7 cm de largura;
§  4 m de sarrafos para fixar as ripas;
§  Pregos;
§  Cordões para amarrar a caixa.

Obs.: É possível usar ao invés da caixa, um buraco
no chão, com aproximadamente 50cm de profundidade e
também 50cm de larguras. Pode ainda cobri-lo com
uma tampa de madeira. Desta maneira é mais prático,
mas pode demorar um pouco mais para o composto
ficar pronto, devido ter menor ventilação.

Porque Praticar a Compostagem?

Motivos:
¨  O cidadão estará destinando seu lixo orgânico
para um fim adequado, e não apenas jogando nos
lixões;
¨  Preservará o meio ambiente, como os mananciais de
água;
¨  Terá um adubo “gratuito” para colocar na sua
horta, jardim, vasos, etc.

O que é Compostável?

Compostável                 Não-Compostável
Cascas de Frutas          Plásticos
Folhas                        Vidros
Restos de comida         Tecido
Miúdos de animais         Couro
Esterco                       Madeira
Borra-de-café              Metais
                                 Isopor

Passo a passo

Confecção da caixa:
1.Corte as ripas de 7cm de largura em pedaços de 50
cm de comprimento;
2.Corte os sarrafos em pedaços de 50cm de
comprimento;
3.Pregue 5 sarrafos deixando um espaço de 3cm entre
eles;
4.Repita esta operação para obter 4 partes iguais;
5.Prenda eles de modo que fiquem semelhantes a um
engradado sem fundo;

 (era pra ter uma imagem aqui mas nao consegui colocar, como ninguem é idiota, inventem com base no que leram :P)

Escolha do Local:

Atenção: Se bem conduzido, a compostagem não
atrairá moscas e não produzirá mal-cheiro, mas para
evitar inconvenientes, e produzir um adubo com
qualidade, sugerimos:
¨  Dispor a caixa em local arejado, um pouco
afastado de cozinhas;
¨  Deve ser colocado sobre chão cimentado ou sobre a
terra, mas nesse caso, recomenda-se coloca-lo sobre
uma lona plástica, evitando a perda de nutrientes
quando ele é molhado, e que seja o dobro do seu
tamanho, para cobrir a caixa em dias de chuva;
¨  O local não pode pegar sol intenso, para não
esquentar ainda mais, o que causaria a perda dos
organismos que estão decompondo os restos vegetais
e animais (substrato);
¨  Não pode pegar chuva direta, para não encharcar o
substrato, o que provocaria mau-cheiro e atrairia
moscas.

Iniciando a Compostagem:

¨  Com a caixa pronta e em local adequado, inicia o
processo propriamente dito. O adubo estará pronto
de 60 a 90 dias após o inicio da fermentação. Para
isso, enche-se a caixa da seguinte forma:

1. No fundo da caixa, coloca-se cerca de 2cm de
capim picado, pode-se utilizar a grama cortada, ou
restos de folhas;

2. Colocam-se os resíduos indiscriminadamente,
procurando obter três volumes de restos vegetais
para cada volume de restos animais;

3. Como restos animais pode-se usar miúdos de aves,
restos de peixes ou esterco, ou ainda terra de
jardim;

4. Deve-se colocar uma camada de terra com cerca de
2cm de espessura a cada três dias;

5. Após o enchimento do caixote, deve-se observar
se a fermentação está ocorrendo. Isto pode ser
perceber pelo calor que é produzido no composto.
Esse processo é natural e indica um bom
funcionamento do sistema;

6. Caso o composto esteja muito seco, os
microorganismos não conseguirão decompô-lo, então
se recomenda regar, mas sem encharcar e escorrer
água (chorume);
Condições do composto:
Uma maneira simples de saber se é necessário
colocar água, é introduzir uma vara de madeira na
pilha e deixar permanentemente. Verifique
periodicamente se está:
¨  Fria e molhada: não está havendo fermentação.
Provavelmente por excesso de água. Revire o
composto e não molhe;
¨  Levemente morna e seca, com filamentos brancos: a
pilha necessita de um pouco mais de água;
¨  Quente, úmida e manchada de pardo-escuro: as
condições estão corretas;
¨  Livre de “barro preto”, com cheiro de mofo,
podendo ser introduzida com facilidade na pilha de
volta: o composto está pronto.
Este ponto será alcançado de 60 a 90 dias após
o início da fermentação. Para aproveitar este
período, pode-se revezar duas caixas, enquanto uma
estará fermentando, na outra se formará uma nova
pilha.

Destino do Composto

Parabéns! Você conseguiu praticar a compostagem
e preparou seu composto, agora resta saber como se
beneficiar deste produto. Como a produção é
pequena, dificilmente será vantajoso produzir um
composto em grande escala. Para este fim, pode-se
ampliar as proporções buscando mais matéria-prima
junto aos vizinhos ou na associação de moradores do
bairro e locais apropriados para isto. E também
seria interessante buscar informações
complementares em biografias que ensinam a
compostagem em maiores escalas.
O composto produzido no domicílio pode ser
aplicado em hortas, jardins ou vasos, aumentando a
produtividade e a qualidade das frutas e verduras.
Mas antes, tenha certeza que ele já foi totalmente
decomposto, pois senão pode causar toxidez às
plantas.
Faz-se uma mistura com as seguintes
proporções:

§  1 parte de Adubo (composto);
§  1 parte de areia;
§  2 partes de terra.

Caso você já tenha adubado todas as suas
plantas, ou você não as possui, não precisa deixar
de praticar a compostagem, pois o adubo tem muitas
qualidades e não haverá quem não queira. Assim,
você pode doar a um parente ou vizinho, ou então
adubar uma árvore na sua rua ou próximo a sua casa,
deixando o ambiente mais saudável e bonito.

Para sabermais…

Aqui estão algumas sugestões para mais
informações sobre compostagem:
¨  Livro “Fertilizantes Orgânicos”, Edmar José
Kiehl. Editora Agronômica Ceres. 1985.

Referências Bibliográficas
KIEHL, E. J. Fertilizantes Orgânicos. Piracicaba:
Editora Agronômica Ceres, 1985.
Este manual foi elaborado por:
Ricardo
Guilherme
Jader
Contato: cacossuburbanos@yahoo.com.br

 www.sabotagem.revolt.org (onde peguei esse manual a mil anos atras)

 

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