Encurte as distancias!

 

Encurte as distancias!

 Boa parte das atividades
culturais e sociais (mesmo as autônomas e horizontais) de BH acontecem na
região central da cidade. Essa centralização enobrece o centro urbano ignorando
as regiões periféricas, onde geralmente moram maior numero de pessoas. Para
freqüentarem essas atividades, as pessoas se fazem dependentes de meios de
transporte para cruzarem a distancia entre suas casas e o centro urbano, com
carros, motos e ônibus.

 A maioria das pessoas que vemos
todos os dias nos centros urbanos, são moradores de periferia, ou seja, bairros
e favelas distantes do centro. Muitas delas tem que, todos os dias, cumprir sua
rotina de trabalho/estudos longe de casa. Dependem de ônibus ou carros para
isso.

 Dependentes de meios de
transporte extremamente poluentes, barulhentos, carros e perigosos.

 As atividades e a própria rotina
das pessoas são distanciadas de seus lares e isso é uma característica de
sociedades movidas por automóveis. Estes permitem nossa rotina a quilômetros de
casa, gastando horas por dia apenas com o trajeto de um ao outro.

 Longes de casa, de nossos
familiares e amigos de bairro. Pessoas com as quais tivemos grande proximidade,
com quem crescemos, mas que nos distanciamos pela rotina longe de casa. Nessa distante
rotina, passamos a criar laços com pessoas de longe, moradores de outros
bairros, unidos apenas pela rotina. Quando essa se quebrar, em muitos casos, quebra-se
também a relação com essas pessoas.

 Nas ruas dos centros, passamos a
ter contato com a massa de transeuntes e no meio da multidão, sentimos solidão.
Todos têm medo de todos.

 A atmosfera da cidade é depressiva.
Milhares de pessoas sozinhas na multidão; as massas se cruzam. Toques entre si
assustam. Esbarrões tornam-se motivo de rancor. Uns fechados na solidão do
automóvel. Outros, após a cansativa rotina, enfrentam o individualismo de massa
nas ruas e nos ônibus lotados.

 Há algum tempo, passei a observar
a vida das pessoas nos bairros e passei a questionar sobre as atividades
sociais das quais participo no centro de BH, a quem atingimos, quem tem acesso
a elas e a partir disso, quais são as possibilidades de articulação perto de
casa. Continue reading

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Repressão ao World Naked Bike Ride São Paulo

Rolou a primeira Bicicletada Nudista de São Paulo, colocando a cidade entre as que realizaram atividade no WORLD NAKED BIKE RIDE 2008, um dia mundial de Bicicletadas Nudistas. Não entendi ainda se é uma data fixa mundial, se é a primeira vez que acontece.

Dados retirados do site http://pedaleiro.wordpress.com/2008/06/15/world-naked-bike-ride-sao-paulo/

Existe esse site do WNBR: http://www.worldnakedbikeride.org/ 

Segue ai fotos, relatos e links de como foi:

World Naked Bike Ride São Paulo

WNBR SP

Ontem, 14/06/08, foi o dia da bicicletada pelada em São Paulo. Organizado pela Bicicletada tinha tudo para ser um belo movimento, mas não bem isto o que aconteceu.

A hipocrisia e o puritanismo
falaram mais alto. No país onde ver uma pessoa dormindo ao relento é
normal, onde atear fogo em mendigos e indígenas é normal, pedalar
pelado não pode! Afronta a dignidade humana.

Renata Falzoni mostrou o corpo e parece não ter sido importunada pelos “homens da lei”.

Falzoni no WNBR SP

Alguns peladões também pedalaram, mas não podiam descer da bicicleta.

WNBR SP

Foto: Andre Penner/AP

A Ana, do Comlimao, perguntou: “tirar a roupa é a melhor forma de mostrar a indignação?”

Pode não ser, é um movimento apelativo, mas dado o grande embate que
se faz, para tomar as ruas dos carros, creio que é válido. Como disse a
Falzoni, “… indecente mesmo é o desrespeito contra o ciclistas. Ficar
nu é uma forma de mostrar como nos sentimos nas ruas, sem acesso e sem
mobilidade”.

E você, o que acha disto?

Veja mais:

 

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Muito estranho mesmo…

O viaduto Ataka!

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Sabah do Par: Videos Urbanos

 

SABAH
DO PAR:

Vídeos Urbanos – Intervenções ativistas e artísticas no espaço
público das cidades

Projeção de videos na parede. Seleção livre e coletiva dos videos
disponíveis.

Compartilhe o que você gosta!
Traga seu vídeo, pendrive, mídia virgem, mp4, filmes, notebook c/
gravador, pipoca e coisas pra beber!

Sábado. 14 de Junho. 18h00
Espaço Estilingue
Sobreloja 35, Ed. Malleta – Esq. Rua da Bahia c/ Augusto de Lima –
Centro

Mais detalhes:
www.estilingue.sarava.org
www.d9meia.tk

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Reconheça, a sua política é um puta saco!

Você sabe que é verdade. Caso contrário, por que todo mundo se
incomoda quando você toca no assunto? Por que a presença das pessoas
em seus encontros com o grupo de discussão anarco-comunista caiu
tanto? Por que o proletariado oprimido não se conscientiza e
junta-se a você na sua luta pela libertação mundial?

Talvez, após anos de lutas para educá-los sobre a sua condição de
vítimas, agora você os culpe. Provavelmente eles devam querer se
enterrar sob a sola do sapato do imperialismo capitalista; caso
contrário, por que eles não demonstram nenhum interesse diante da
sua causa política? Por que eles ainda não se juntaram a você em
manifestações contra a privatização das estatais, cantando slogans
em protestos cuidadosamente planejados e freqüentando livrarias de
esquerda? Por que eles ainda não se sentaram e aprenderam toda a
terminologia necessária para uma genuína compreensão das
complexidades da teoria econômica marxista?

A verdade é que a sua política é chata para eles porque ela é
realmente irrelevante. Eles sabem que os seu antiquado estilo de
protesto, suas marchas, faixas e encontros, são hoje em dia
incapazes de causar mudanças reais porque se tornaram uma parte
previsível do status quo. Eles sabem que o seu jargão pós-marxista
está desatualizado pois na verdade ele é apenas uma linguagem de
mera disputa acadêmica, não uma arma capaz de enfraquecer os
sistemas de controle. Eles sabem que as suas lutas internas, os seus
grupos divididos e as suas rixas a respeito de teorias efêmeras
nunca poderão causar nenhuma mudança real no mundo que eles
vivenciam no dia-a-dia. Eles sabem que não importa quem está na
chefia, quais leis estão nos livros ou sob qual “ismo” os
intelectuais estão se curvando no momento, o conteúdo de suas vidas
vai permanecer o mesmo. Eles e nós sabemos que o nosso aborrecimento
é uma prova de que essa “política” não é a chave para qualquer
transformação nas nossas vidas. Visto que nossas vidas já são chatas
o suficiente sem isso. Continue reading

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Domingo Nove e Meia de um ano

 


No dia 1 de Junho o Domingo Nove e Meia faz um aninho!


Programação supimpa com a presença de TON ZÉ, que confirmou!

Além da gloriosa Feira Grátis!, a excêntrica Batucada!, e um monte de outras psicodelias!


 


No Domingo, às 9h30 como sempre. Debaixo do Viaduto Santa Tereza, em Belo Horizonte.


Mais informações em: www.d9meia.tk 

 

 

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Zapatismo Urbano

Zapatismo Urbano
John Holloway

I

Eu não sou um camponês indígena. Provavelmente você, caro leitor, tampouco
seja um camponês indígena. Mesmo assim, esta discussão gira em torno de uma
revolta camponesa indígena.

Os zapatistas de Chiapas são camponeses. A maior parte dos que escrevem e
lêem este jornal é composta por habitantes da cidade. Nossas experiências são
muito distantes daquelas dos zapatistas de Chiapas. Nossas condições são muito
diferentes daquelas dos zapatistas de Chiapas, e nossas formas de luta também.
Mesmo assim, a ressonância da revolta zapatista nas cidades foi enorme. Por
quê? O que o zapatismo significa nas cidades?

Houve duas formas de reação nas cidades. A primeira é a reação de
solidariedade: a luta dos indígenas de Chiapas é uma luta justa, e nós damos a
ela todo o apoio material e político possível. A solidariedade define a luta
como sendo a luta "deles", e "eles" são índios que vivem em Chiapas. Não repudio
essa reação, mas não é isso o que me interessa aqui.

A segunda reação vai muito mais além. Aqui não é uma questão de
solidariedade com a luta de outros, mas de entender que os zapatistas e nós
mesmos somos parte da mesma luta. Os zapatistas de Chiapas não nos dão um
modelo que possamos aplicar à nossa parte da luta, mas vemos sua forma de luta
como uma inspiração para o desenvolvimento de nossas formas de luta. Neste
sentido podemos falar da expansão do zapatismo nas cidades, do desenvolvimento
de um zapatismo urbano, para o qual o EZLN não é um modelo mas um constante
ponto de referência. Continue reading

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BicicletadaBH 30 de Maio

BICICLETADA BH!

MAIO DE 2008

Bicicletada Maio 2008!

 ACESSE E DIVULGUE!

www.DEMAGRELA.blogspot.com

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Piquenique e bicicletas inauguram Monumento à Sociedade do Automóvel em São Paulo

"Marquei um X, um X, um X no seu coração" Xuxa Meneguel 

No dia 10 de Maio de 2008, ao contrário do que os informes publicitários artigos jornalisticos disseram, ciclistas, pedestres e cachorros inauguraram a Ponte Estaiada em São Paulo, popularmente conhecida como Ponte da Xuxa, Estilingão, etc.

O pessoal entusiasta da vida e anti-carro estava lá antes da "pós-inauguração" chata do governo, uns carros antigos e barulho. Em cima ou embaixo curtiram muito além de protestar contra mais concreto.

Dados para uma revolta rápida: A obra consumiu 275 milhões. É proibido o trânsito de bicicletas, pedestres e o transporte coletivo nao passará por lá, ou seja: só carros. Tente descobrir entre quais avenidas essa ponte faz ligação e com o nome de quem a batizaram.

Tem muitos links atualizados de notícias, vídeos e fotos sobre o X da Xuxa paulista, o piquenique e protestos no CMI: http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/05/419295.shtml

 
 Rico em cima, pobre embaixo. Ah, e a alegria da galera!

 

Faça amor, não faça pontes! 

Links para fotos até o momento: Ciclistas inauguram cartão postal com piquenique em São Paulo | Inauguração da ponte água estragada | Fotos – Inauguração Ponte Estaiada | Imagens da ponte estilingada

Estamos vencendo.

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APOCALIPSE MOTORIZADO para Download!

Segue o Link para Download gratuito de livro "APOCALIPSE MOTORIZADO"

O livro fala sobre o uso capitalista da cidade, fala sobre o dominio dos carros, sobre a resistencia da bicicleta e mais um monte de coisa legal! 

http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2008/04/417242.shtml

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